CCFV TAPERA 2016
Uma nova caminhada se apresenta, é o início sempre esperado, movido pela esperança de novas realizações e desafios desconhecidos, florecido nas experiências das possibilidades vividas.
Este ano, 2016, o ccfv tapera, inicia suas atividades com um novo planejamento, com novos profissionais e com uma nova postura didática-metodológica que transformará o ato pedagógico em vivências concretas, em busca deste patrimônio humano que são nossas crianças e adolescentes.
Caminharemos juntos para nos conhecer, nos questionando sobre o mundo que nos envolve, nos envolvendo em nossa existência temporal, para compreender o lugar de onde saimos, no intuito de propor um lugar onde desejamos chegar.
Pensando, sentaram vários profissionais, pensando, planejaram com exaustão, pensando, iniciaram a prática, pensando, uniram-se a teoria, pensando, propuseram atividades, organizaram o acolhimento, abraçaram os que chegaram e o caminhar teve seu início.
ABRINDO A JANELA
Abrir a janela é um consentimento que se faz para vida, para o que se vislumbra do lado de fora, de confiança para a exterioridade, para a luz da manhã que nos abraça, para a brisa de esperança que nos alimenta, quem abre sua janela sempre fala um pouco de si.
Pensando assim, estabelece-se uma dinâmica a partir da música "Da janela lateral" de Beto Guedes, onde cada criança e adolescente buscava uma palavra de identificação com o que tinha ouvido, para em seguida abrirmos as janelas de nossas casas com o objetivo de que o outro pudesse nos conhecer e participar em algum detalhe, ainda que imaginário, de nosso cotidiano, e assim, vendo com nossos olhos, descobrir uma parte do que somos. Esta janela literalmente foi colocada em um espaço improvisado, representando a possibilidade cênica em que nos apresentamos e falamos sobre o que víamos de nossa janela.
Esta vivência se multiplicou nas singularidades de cada sujeito, se multiplicou pelas informações, confidências, posicionamentos e situações que a janela de cada um possibilita. Existem janelas altas, baixas, que veem a natureza, as árvores, o céu, o sol e a lua, existem janelas que imaginam a praia, as que veem recordações, que veem "coisas boas e coisas ruins", que se admiram, que só veem o muro, e as que escutam os amigos chamarem.
Esta atividade foi um acolhimento diferenciado, o grande abraço das janelas que se abriram e falaram de si, demostrou confiança, unificou muitas diferenças e despertou amizade, pois de janela aberta somos todos semelhantes.