Tem dias, que nós adultos, na pretensão do saber nos esquecemos daquilo que já fizemos, das sementes que plantamos, que é preciso rega-las sem pretensão, e que, de repente, quando absorvem a água do conhecimento, germinam.
Um dia desses, nosso transporte precisou estacionar ao lado de um canal poluido, daqueles horríveis, que todos ouvem falar, com cheiro fétido, nauseante, e que dificilmente alguém se aproxima, evitando inclusive a informação sobre o mesmo. Então paramos e descemos, pois toda oportunidade pode se transformar em ato pedagógico, e aquelas crianças tão pequenas tinham um conjunto de informações que nos surpreendeu. Elas sabiam o que era poluição, de onde vinha, como ocorria e quais as conseqüências, de uma forma simples mas consciente. Era o G1 do Cec Tapera (grupo 1 - 06 à 08 anos).
Quando continuamos, nosso trajeto era a volta instituição, eles começaram a cantar uma música, um tal de Xote Ecológico (Luiz Gonzaga), que nunca tínhamos ouvido, que falava sobre preservar, proteger, e mudar. Aquelas crianças haviam absorvido conhecimento e germinavam seus embriões, transformando metabolicamente seus tecidos, possibilitando o crescimento de suas consciência, e nenhuma dúvida nos restou enquanto cantavam.
Agora, resgatando as fotos desta atividade desenvolvida pela professora Maristela, percebe-se como as sementinhas foram bem plantadas, bem regadas e com possibilidades favoráveis para germinar. Parabéns a todos os envolvidos em atos pedagógicos simples e transformadores, são estes que merecem ser lembrados pelos adultos, porque as crianças não esquecem.
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