Dobradura Familiar
No momento em que a janela se abre, quem vê também pode ser visto, então nós percebemos as cores internas de uma casa, conseguimos perceber algumas características do lugar que se abre, fazemos considerações a partir do nosso conhecimento, mas tirando as nuanças da curiosidade que frequentemente não nos conduz a verdade, o melhor seria dialogar com o morador, com o vizinho, com o cidadão que se encontra naquele lugar.
Partindo do príncipio que a janela estava aberta, o grupo mergulhou em outra dinâmica de construção, revelando gradativamente questões internas da casa, de quantidade (quantos moravam naquele espaço e quem eram) e de qualidade (como moravam e quais eram os papéis sociais desempenhados, de pai, de mãe, etc).
A dinâmica consistia em fazer uma janela com técnicas de dobradura e dentro dela desenhar as pessoas que ali viviam e se possível com detalhes de cotidiano que as identificavam. Novamente o resultado surpreendeu e abriu um leque de possibilidades multidisciplinares, as crianças e adolescentes nos presentearam com detalhes de suas existências, trocaram informações entre si de como "as coisas eram" e como desejavam que fossem, fortalecendo nossas convicções políticas pedagógicas de que o caminho escolhido pode não ser o mais belo, mas merece ser percorrido, pois o trabalho coletivo fortalece a todos.
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